Era para ser mais um Carnaval. Os dois pertenciam a mundos diferentes. Dois errantes pelos blocos da cidade. Ela pertencia ao Bloco das Trepadeiras e personificava a Glória da Manhã. Ele era a já consagrada figura folclórica do Carnaval de rua do Rio: o Alce do Carnaval. Por entre a multidão, eles caminhavam sem se darem conta de que eram apenas metade. Até que, por uma serendipidade da vida, o encontro afortunado fez com que os seus mundos se colidissem, numa explosão de confetes e serpentinas. Estavam embriagados de amor. Todo o resto não passava de uma alegoria.
Um amor improvável e uma promessa: esse não seria mais um caso de paixão fugaz. Seria um amor pra mais de quatro dias, pra toda uma vida. Agora, os dois vão se casar. E a data não poderia ser outra: durante o Carnaval, quando tudo começou. Uma data para guardar.
Nesse editorial, um coletivo de talentos locais, liderado por Diana Benchimol, Carla Alves e Letícia Füllop, brinca com esses personagens reais, do autêntico Carnaval de rua do Rio. É um flerte com a fantasia que envolve essa festa. Um conto de amor de Carnaval.
“Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval.”
Vinícius de Moraes